qui. nov 21st, 2024

No mês do Orgulho LGBTQIA+ separamos uma lista com produções incríveis para você conferir

Junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+, um mês escolhido para falarmos sobre as lutas da comunidade, entendermos o que todos buscam e, principalmente, aprendermos o respeito.

Mesmo em pleno século XXI, com muita coisa tendo mudado, a situação social das pessoas que fazem parte deste grupo ainda está longe de ser ideal. Faltam respeito, direitos e igualdade, e sobram violência, desrespeito e humanidade. É muito triste que em pleno 2021, o Brasil ainda seja um dos países mais violentos para a comunidade e um dos primeiros em homicídio de pessoas trans.

Além disso, o preconceito de fala é ainda um dos maiores. Sabe aquela velha frase “Eu não concordo, mas respeito.” ou então “Eu não sou homofóbico, só não entendo essas pessoas.”? Pois bem, isso vem tudo de uma sociedade criada em cima do preconceito, que está enraizado em cada um e que nós temos que lutar contra. Essa semana vi uma frase no Instagram que faz todo o sentido: Quem tem que aceitar o relacionamento/casamento gay é quem foi pedido!

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É justamente isso. Nós temos que entender, de uma vez por todas, que a falta de respeito, o preconceito não tem mais espaço, que ser hétero não faz da pessoa alguém melhor, da mesma forma que ser LGBT não significa estar errado, ser pecador e alguém a ser “curado”. Todo mundo tem o direito de viver a vida como quer, como deseja, amar quem quer que seja e ninguém tem nada haver com isso. Ponto!

Para celebrar esta data, nós resolvemos trazer uma lista com 7 filmes LGBTQIA+ para você conferir. Além de ser uma forma de entretenimento para seu final de semana, são também fontes de aprendizado para quem ainda não entendeu que o preconceito já deixou de ser aceito (quando nem deveria ter sido) a muito tempo.

Confira!

A Garota Dinamarquesa (2015 – Drama/ Romance)

O longa trata-se de uma cinematografia com ficção, que mostra a história da primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo. A trama se inicia em Copenhague, no ano de 1926, quando os artistas plásticos Einar (Eddie Redmayne) e Gerda Wegener (Alicia Vikander) se casam. Eles são um casal feliz e liberal, que tem na arte o maior combustível de suas vidas. Um dia, Gerda resolve vestir seu marido de mulher para pintá-lo. Com o passar do tempo, Einar percebe que se torna uma pessoa mais alegre e completa quando está vestido de mulher e se dá o nome de Lili Elbe. Gerda apoia o marido, mesmo sem entender completamente o que está acontecendo. Logo, Einar percebe que somente será feliz quando assumir que é Lili e decide passar por uma cirurgia para se libertar e ser quem realmente é. O longa recebeu diversa indicações e foi premiado em vários eventos, incluindo o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para Vikander. Está disponível na Netflix.

Moonlight: Sob a Luz do Luar (2017 – Drama)

Apesar de ter ganhado o Oscar de Melhor Filme e vários outros prêmios, muita gente não conhece este longa e nunca assistiu. Ele também é uma cinematografia, que além da temática LGBT, ainda trata de outros assuntos como violência, racismo, mundo do crime, bullying, entre outros. Nele acompanhamos a jornada de crescimento e três fases da vida de Chiron (Trevante Rhodes), um jovem negro morador de um bairro pobre de Miami. Com um lado poético e totalmente tocante, vemos as mudanças que ocorrem com Chiron, passando pela infância repleta de de bullying e discriminação, a crise de identidade que sofre durante a adolescência, para aceitar quem era, e a tensão para fugir do mundo do crime, das drogas, para ter uma vida diferente do que é rotulado para ele. É um daqueles filmes que vai te dar um nó na garganta, mas esperança de um futuro como o personagem busca.

Você Nem Imagina (2020 – Comédia Romântica)

Deixando de lado este filmes mais dramáticos e tensos, vamos agora para uma comédia romântica delicinha de se assistir, que conquistou o público da Netflix no ano passado. Em Você Nem Imagina conhecemos Ellie Chu (Leah Lewis), a típica aluna deslocada, que possui o hábito de fazer a lição de casa de seus colegas por dinheiro para contribuir com as contas em casa. Secretamente, ela possui uma paixão pela bela Aster Flores (Alexxis Lemire). Quando Paul (Daniel Diemer), um jogador de futebol, se aproxima de Ellie para pedir ajuda para escrever uma carta de amor para sua amada, ela entra em conflito. O filme é leve, divertido, trás temáticas clichês que já conhecemos, mas mesmo assim é perfeito para curtir e relaxar. É um original Netflix.

Alex Strangelove (2018 – Comédia Romântica)

Na mesma pegada do filme anterior, temos Alex Strangelove. Na trama, Alex Truelove (Daniel Doheny) é um aluno exemplar do último ano do Ensino Médio. Ele tem um grande futuro pela frente, mas antes de se formar quer alcançar o último marco da adolescência: perder a virgindade com a sua namorada, Claire (Madeline Weinstein). Tudo se complica quando ele conhece Elliot (Antionio Marziale), um charmoso menino gay que sem querer põe Alex em uma jornada de autodescoberta. O filme trabalha a ideia de como somos condicionados dentro da sociedade a seguir um caminho, trilhar algo que os outros preparam para nós mesmos e atingir objetivos comuns. é divertido, vai te fazer rir e dar aquele quentinho no coração. Também um original Netflix.

Orgulho e Esperança (2014 – Comédia/ Drama)

Começamos este post falando da luta da comunidade e tudo o que buscam durante décadas. Este filme fala justamente disto. No ano de 1984, Margaret Tatcher está no poder e os mineiros estão em greve. Depois do orgulho gay chegar em Londres, um grupo de ativistas gays e lésbicas decide arrecadar dinheiro para enviar às famílias dos mineiros. Mas a União Nacional dos Mineiros parece um pouco constrangida em receber esta ajuda. Os ativistas não perdem o ânimo, decidem entregar a doação pessoalmente e partem em direção ao País de Gales. Assim começa a história improvável de dois grupos que não tinham nenhuma relação, mas se uniram em prol de uma causa. O longa mostra como não existem diferenças quando temos o mesmo objetivo. Com um elenco estelar, é divertido, forte e inspirador.

Cazuza: O Tempo Não Para (2004 – Biografia/ Drama)

Temos um nacional nesta lista, um pouco mais antigo, mas que é indispensável. A nova geração pode não conhecer ou só ter ouvido falar de Cazuza, mas ele foi e é até hoje uma das maiores vozes da música brasileira e um dos grandes exemplos de luta contra o preconceito. O longa trás Daniel de Oliveira na pele do cantor e mostra a vida louca que marcou o percurso profissional e pessoal de Cazuza, do início da carreira, em 1981, até a morte em 1990, aos 32 anos: o sucesso com o Barão Vermelho, a carreira solo, as músicas que falavam dos anseios de uma geração, o comportamento transgressor e a coragem de continuar a carreira, criando e se apresentando, mesmo debilitado pela Aids. É uma parte da história cultural do nosso país que deve ser conhecida e exaltada.

Boy Erased: Uma Verdade Anulada (2019 – Drama)

Adaptação de um livro de mesmo nome, este longa trabalha a ideia maluca e totalmente discriminatória da chamada “cura gay”. O jovem Garrard (Lucas Hedges), de apenas 19 anos, mora numa pequena cidade conservadora do Arkansas. Ele é gay e filho de um pastor da igreja batista. Chega um momento em que ele é confrontado pelos pais: ou arrisca perder sua família e amigos ou entra num programa de terapia que busca a “cura” da homossexualidade. Com Nicole Kidman e Russell Crowe nos papéis de pais de Garrard, este filme é um verdadeiro tapa nas nossas caras e nos mostra, de forma verdadeira, o que pessoas passaram em suas vidas, com “tratamentos” cruéis e torturantes, que prometiam a cura para algo que não é doença. É perfeito para nos tirar de nossa zona de conforto e nos mostrar a realidade triste que muitos de nós não conhecemos ou fingimos não existir.

Estes são só alguns filmes que separamos para indicar para você curtir neste final de semana, de forma a te entreter como também lhe mostrar realidades que possam ser diferentes da sua.

O preconceito só deixa de existir quando criamos empatia, aquela palavrinha que significa se importar com o outro, se colocar no lugar do outros, entender o outro. Nós só criamos empatia quando somos confrontados e saímos de nossa zona de conforto, da nossa caixa de proteção e entendemos como a realidade do outro é. Os filmes são uma ótima fonte de ensinamento e contribuem para criação desta tal empatia.

Neste mês do Orgulho LGBTQIA+ mostre seu apoio e se você faz parte da comunidade, mostre seu orgulho, não se esconda ou tenha medo, você merece tudo o que deseja e ninguém tem que dizer nada para você!

Nós, do Legião Jovem, nos orgulhamos em dizer que o preconceito não faz parte do nosso dicionário e que apoiamos a causa.

Legião Jovem, você sempre antenado!

 

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