Confira o que nosso colaborador Pedro Henrique achou do filme
Fuja é um suspense e thriller psicológico que estreio em 2020, mas que chegou para o grande público na última semana, quando passou a integrar o catálogo de filmes da Netflix.
Apresentando Sarah Paulson e Kiera Allen nos papéis principais, o longa trata de um tema ainda pouco conhecido do grande público, que se assemelha a série The Act, que conquistou os espectadores e a crítica em 2019, mas carrega em si elementos diferenciados e que trazem muito mais terror a trama central.
Chloe (Kiera Allen) é uma jovem cadeirante que vive com sua mãe Diane (Sarah Paulson) em uma casa afastada no interior dos EUA. Aguardando uma oportunidade na faculdade, Chloe não pode tomar muitas decisões graças ao controle de Diane. Desse controle abusivo, surgem dúvidas sobre o passado da matriarca que não poderão ser escondidas por muito tempo.
Ao contar a história, o longa revela muitos pontos que deveriam ser guardados com mais sigilo para o melhor desenrolar da trama. Além disso, algumas ações tomadas pelas personagens são muito previsíveis e acabam por desvalorizar o suspense criado nas cenas, dando dor de cabeça aos roteiristas para reverter essa situação.
Fora esses problemas citados acima, o resto da construção de cenas é agradável e coerente, dando um bom espaço para apresentar os problemas da vida de ambas e, graças à falta de personagens, um melhor estudo sobre as poucas personalidades criadas. Personalidades essas muito bem distribuídas pela direção, que move o filme conforme o comportamento de mãe e filha, dando mais um ponto positivo para o longa sem gastar tempo de tela.
O roteiro anda com bons passos até sua metade, dando continuidade às cenas de apresentação e introdução ao drama que aparecerá. Porém, passando do meio, o longa perde ritmo com cenas mais lentas e menos desenvolvidas. Isso não será tão prejudicial ao resultado final do filme, mas você precisará se esforçar um pouco mais para reencontrar o ritmo do longa.
Já em sua conclusão, a história não demora para resolver seus problemas e criar um final tão bom quanto o primeiro e segundo atos, mostrando a boa força da direção em manter nas rédeas a produção, que acaba sendo muito bem desenvolvida e repleta de suspense, boa ambientação e um ótimo clima.
Inclusive o final da trama tem gerando muitas discussões na internet, tendo em vista que ele cabe algumas interpretações, que ficam a cargo do que o espectador compreendeu de toda a história.
É um filme daqueles que te dá um frio na espinha, te deixa com raiva, prende sua atenção mesmo quando perde o ritmo e mostra como boas interpretações são capazes de carregar uma história, fazendo dela algo incrível.
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