Em uma semana sem conteúdos novos tão relevantes nos streamings, chegou ao TOP 10 da Netflix o drama Milagre Azul.
Baseado em uma história real, o longa conta a história de jovens moradores de um orfanato e seu tutor, em busca de dinheiro para manter o local vivo mesmo com seus dias contados. Essa história, que se apresenta como um drama, não dura muito em uma direção caótica como a desse filme.
Essa direção, feita por Julio Quintana, não se mostra preocupada com a trama em momento nenhum, fazendo o longa se desviar do drama, que tem seu maior momento no título, para se encontrar em uma aventura simples já vista um milhão de vezes em outras produções, inclusive na da Netflix.
Com isso, o longa parece não ser cuidado por alguém em momento nenhum, tratando tudo como um grande emaranhado de cenas em uma montagem tosca e sem identidade.
Em seu tempo de tela, o filme se divide em uma apresentação quase nula de seus personagens e uma aventura repetitiva, porém intensa com seus melhores momentos inseridos nela. Esses bons momentos, aliás, acontecem em sua maioria quando é possível identificar os dedos da direção em cena, mostrando que se houvesse um pouco mais de esforço na produção, talvez assistiremos a um melhor resultado da obra atual.
Em seu segundo ato, o filme se perde em cenas lentas e cansativas, com mais diálogo e mais cenas do tal “drama” que deveria ser injetado no longa. Tudo isso se torna apenas uma tentativa, pois além de não se impor no gênero da maneira devida, o longa mostra que os próprios personagens não fariam as cenas corretamente, já que estavam acostumados com a aventura imposta no começo da trama.
Nada em O Milagre Azul funciona. As cenas não têm continuidade, os personagens são ineficazes e a direção é um drama a parte. Essa grande bola de neve não se desenvolve e deixa tudo muito lento, transformando o filme em uma aventura Netflix para preenchimento do catálogo, mais uma vez.
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Até o próximo Claquete de Terça.