Você já deve ter percebido que nos últimos tempos, adaptações de heróis alternativos tem sido feitas com muito mais frequência, não é? Com o sucesso de produções como Deadpool, Watchmen e The Boys, era de se esperar que a Netflix, que não possui nenhum dos títulos acima, surgisse com sua própria trama.
Essa história é O Legado de Júpiter, uma adaptação feita dos quadrinhos de mesmo nome, criados por Mark Millar e Frank Quitely. Diferentemente de algumas outras séries e filmes do gênero, ela se prende mais às HQ’s de onde saiu, não possibilitando um grande aprofundamento nos episódios sem alguma consciência dos outros materiais já feitos.
Na última semana, a Netflix disponibilizou o primeiro volume da trama, que se divide em 8 episódios. Esses capítulos têm momentos muito confusos, que parecem ter sido feitos em uma ordem atípica, dando pouco espaço para a apresentação dos personagens e com muitas conversas desnecessárias entre os mesmos.
Além disso, os capítulos que duram cerca de 40 minutos, se mostram muito mais longos na cabeça do espectador, que mesmo nos melhores momentos de ação, não empolgam, deixando tudo muito vazio.
Essa falta de cuidado se estende por toda temporada, fazendo com que a série não possua uma aparência própria, desperdiçando episódios em um grande ciclo de diálogos sem solução. E como se não fosse o bastante, os momentos de fala conclusiva são todos iguais, tirando ainda mais a expectativa para uma nova trama, tornando o movimento dos personagens algo facilmente previsível.
Por mais que a direção não colabore, é possível notar o esforço do elenco em tornar a série algo concreto. Porém, é fácil entender que esse esforço não salvou a adaptação, que não emplaca com cenas divididas entre o elenco esforçado e a direção preguiçosa.
Com todos esses erros, não é possível se divertir com O Legado de Júpiter, que tinha um potencial ilimitado, mas que foi tratada como mais uma das adaptações Netflix feitas para preencher catálogo durante a semana.
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