sáb. nov 23rd, 2024

Confira nossa opinião da série

Fala Legião! Estamos aqui hoje para dar nossa derradeira opinião sobre a série espanhola, que em 2017 fez um sucesso que ninguém esperava.

La Casa de Papel contou uma história que prendeu todo mundo e pegou de surpresa não só os espectadores, como também seus criadores. Mas a série deveria ter uma sequência? O que eles fariam, roubariam outra Casa da Moeda? Já não roubaram dinheiro o suficiente? Mesmo com todas essas perguntas, a série voltou com o pretexto de salvar um membro do grupo. Mas será que funcionou?

Vamos falar sobre isso e muito mais agora.

ATENÇÃO! Se ainda não assistiu a série, melhor não continuar lendo, pois conterá spoilers.

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Roteiro coerente, mas não tão convincente

Como dito, o grupo comandado pelo Professor (Álvaro Morte) se reúne novamente com o intuito de resgatar Rio (Miguel Herrán), que foi pego e está sendo torturado em um lugar desconhecido. Tokio (Úrsula Corberó) procura o Professor para que ele, de alguma forma, ajude a resgatar o seu namorado. Até aí tudo bem, mas a pergunta que fica é como? Se a série se trata de bandidos que roubam a Casa da Moeda e isso já foi feito, o que mais eles poderiam fazer? Uma missão de resgate, com certeza, sairia totalmente da temática, então eles tinham obrigatoriamente que roubar algo.

O grupo está de volta para resgatar Rio / Imagem: Divulgação

Então sim, temos mais um plano mirabolante, que desta vez foi construído por Berlín (Pedro Alonso), que infelizmente morreu na parte dois, mas está presente na parte três em flashbacks. O plano é roubar o Banco da Espanha e, de alguma forma, afrontar o sistema com a intenção de barganhar e negociar a soltura do companheiro preso. Apesar de não ser a melhor das ideias para salvar Rio, é uma forma coerente de reviver a série, porém, não acaba sendo tão convincente.

Ação e planos

Desta vez tanto o grupo quanto a polícia já se conhecem, então as coisas acontecem de uma forma mais rápida, mais eletrizante e a nova inspetora, Alicia Sierra (Najwa Nimri), desculpe a expressão, é o cão. Ela entrou no lugar da inspetora Raquel Murillo (Itziar Ituño), que agora tem o codinome de Lisboa e mudou para o lado dos “bandidos”.

A série manteve seu código, continua em um bom jogo de xadrez, onde a polícia move suas peças e o Professor, como sempre, tem um planto resposta. Tenho que concordar, o “Chuck Norris” de óculos não é fácil não.

E o que a série faz com a gente, mais uma vez, é exatamente o complexo de édipo, onde nós nos apaixonamos pelos bandidos, torcemos por eles, mostrando que eles são os bonzinhos e a polícia e o governo os maus.

Mas afinal, valeu a pena voltar?

Bom, apesar de não ser a história mais convincente, é coerente para trazer a produção de volta. Faz sentido no contexto de se salvar um companheiro, usar um roubo ainda maior e ter poder de barganha contra a polícia e o estado. E sim, para quem gostou da temática da série e queria mais, realmente é uma boa pedida. É como um bolo de chocolate, que você comeu, se deliciou, conheceu aquele sabor e, mesmo assim, quer mais um pedaço, mesmo já sabendo o gosto. É isso que acontece com a série.

E o Arturito?

No primeiro episódio, vemos que Arturito (Enrique Arce) virou um palestrante e espécie de herói por parte das pessoas que não simpatizaram com o grupo de ladrões. Vemos que ele mentiu sobre como as coisas aconteceram, aproveitando que nossos personagens queridos tiveram que passar a viver no anonimato para não serem presos. Ou seja, ninguém pode confrontar o que ele diz e o que ele escreveu em seu livro.

Arturito, interpretado por Enrique Arce, segue sendo um dos personagens mais odiados do programa / Imagem: Divulgação

Outro ponto engraçado é que percebemos que ele não superou o fato de sua ex-amante, Mônica (Esther Acebo), que agora usa o codinome Estocolmo, ter se envolvido e fugido com Denver (Jaime Lorente) depois do primeiro assalto. A raiva dele é tanta que ele afirma para os comandantes da operação que o “arque rival” é quem está no comando do novo assalto. Nós, e ele também, sabemos que isso não faz sentindo nenhum, afinal Denver não tem “capacidade intelectual” para comandar tudo, ele é mais da força bruta.

Nos últimos episódios da terceira parte, Arturo decidi entrar no banco para continuar com sua ideia de que é um herói. Aliás, acho que ele mesmo acredita que é algum tipo de herói, não o covarde que a gente conhece. Ele também quer reencontrar Mônica, vê-la novamente e dar a chance dela se redimir e voltar para ele. Fala sério, totalmente sem noção. No episódio final, vemos que ele continua no banco e agora não sabemos qual será o fim do personagem.

O furão e Rio

Desde o começo desta parte a gente viu que um dos novos integrantes do grupo tinha um furão, aquele animalzinho simpático e fofinho, mas ninguém entendia porque ele estava ali e qual a sua importância. Claro que nada era por acaso.

A polícia traz Rio para Espanha para a troca de reféns proposta pelo Professor. Contudo, colocam um chip de rastreamento e uma escuta no jovem, para poderem saber o que está acontecendo lá dentro. O Professor, que sempre está um passo à frente e imagina tudo o que pode acontecer, manda colocarem o chip no furão.

Quando a polícia descobre onde estão o líder do grupo e Raquel/Lisboa, que comandam tudo de fora, os ladrões soltam o furão na tubulação. Com isso, eles tentam fazer com que a policia fique confusa, enquanto eles se escondiam subindo nas árvores e se camuflando, mas Raquel não consegue e vai parar em uma fazenda, onde é descoberta pelos moradores, que dizem que vão chamar a polícia, pois estão oferecendo uma recompensa de 10 milhões pelo Professor. Nesse momento, a ex-agente tira seu lápis da blusa, amarra o cabelo e diz “Vamos negociar!”. Adoramos essa parte.

O “final”

No final, a inspetora Alicia, que repito é o cão, descobre que Nairobi (Alba Flores) tem um filho. Ela usa a criança para conseguir entregar um celular no banco e quando a assaltante vai para janela pare ver seu filho, Alicia manda atirarem nela.  Nairobi é atingida e neste momento um tanque vai em direção ao banco para invadir enquanto o grupo socorre a amiga baleada. Mas os assaltantes descobrem a tempo e abrem as portas e com duas bazucas explodem o tanque.

A nova inspetora consegue desestabilizar o grupo e coloca todo plano em risco / Imagem: Divulgação

Neste momento Raquel é capturada e Alicia dá a ordem para que finjam que ela morreu, pois Professor está ouvindo toda conversa. Ele acaba acreditando que sua amada morreu e informa ao grupo que eles não estão mais em um roubo, mas sim em guerra contra o sistema. O episódio acaba assim, com Nairobi ferida, Raquel capturada e todo o plano indo por água abaixo.

Mais uma vez a série foi dividida em duas partes, nos deixando ansiosos e eufóricos para saber o que irá acontecer. Realmente ela tem esse poder de prender o expectador, o que sempre funciona.

Apesar de ter seus problemas e ser mais do mesmo, a produção é boa, consegue segurar a atenção de quem está assistindo e traz boa ação. A parte quatro, provavelmente como em 2017, deve ser lançada ainda esse ano, então nos resta esperar para ver o desfecho, que acredito ser a finalização real de La Casa de Papel.

Esperamos que a parte quatro seja tão boa quanto essa e que eles melhorem o desenvolvimento final e não deixem como na parte dois, tudo para ser resolvido no último episódio.

E você, já assistiu? Conta para gente o que você achou.

Até a próxima!

 
One thought on “Crítica: La Casa de Papel”

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