Confira o que achamos do longa
Depois de vinte e cinco anos, chegou ao cinema o live-action do filme O Rei Leão, clássico da Disney que fez parte da infância de muitas pessoas.
A ansiedade pela produção levou muita gente para salas de cinema na primeira semana de estreia. Aqui no Brasil o longa conquistou o terceiro lugar no ranking de maiores estreias do país. Nós também não aguentamos esperar muito e já trazemos nossas impressões sobre o filme.
ATENÇÃO! Esse post terá spolers sobre a nova versão do filme, se você ainda não assistiu, recomendamos que não prossiga com a leitura.
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O live-action traz a história já conhecida por todos nós. Simba (Donald Glover) é um leãozinho, filho de Mufasa (James Earl) e Sarabi (Alfre Woodard). Ele é o herdeiro do reino, mas acaba fugindo enquanto é “criança” quando seu pai morre. Com medo das ameaças de seu tio Scar (Chiwetel Ejiofor), Simba vai para longe da Pedra do Rei e acaba conhecendo Timão (Billy Eichner) e Pumba (Seth Rogen), um suricado e um javali, respectivamente, que ensinam ao filhote de leão uma nova forma de ver a vida. Simba fica ao lado dos amigos, mas quando cresce, acaba reencontrando Nala (Beyoncé), sua amiga da infância, que diz que ele precisa voltar para casa. Sem saber o que fazer, veremos as decisões que Simba tomará.
Diferenças entre desenho e a nova versão
Diferentemente das versões em live-action que a Disney apresentou até agora, a nova versão de O Rei Leão não apresenta grandes diferenças nem acréscimos a história original.
Em outras produções, como em Aladdin e A Bela e a Fera, o estúdio apostou em pontos e detalhes diferentes dentro das histórias originais, para colocar algum acréscimo ou fazer alguma pequena modificação, mas que contribuísse para o resultado final.
No entanto, nesta nova produção, a produtora parece ter tido medo de acrescentar algo e fazer com que os fãs acabassem se chateando. Verdade seja dita, O Rei Leão é um dos maiores clássicos entre os desenhos, sendo que sua base de fãs é gigantesca e, mesmo antes do lançamento, já tinham vários comentários rolando pedindo para que não estragassem o filme.
Por esses motivos, aparentemente, as modificações ou acréscimos foram deixados de lados, tirando algumas pequenas mudanças em falas e diálogos dos personagens, fazendo com que o filme seja uma cópia praticamente fiel ao desenho. Se você colocar a animação em uma TV e o live-action em outra, vai ver as mesmas cenas e mesmos cortes de câmera.
Tenho que dizer que fiquei meio decepcionada neste sentido, pois sou do time que gosta das adições que o estúdio faz, pois vejo que sempre contribuem para história. Para mim, poderiam ter explorado isso neste filme, mas entendo o medo e a responsabilidade que fica por trás da produção.
Dubladores
Uma das maiores reclamações na internet, principalmente no Brasil, são as vozes dos dubladores dos personagens. Muita gente diz que gostaria que as vozes do filme fossem as mesmas do desenho original. Tem até vários memes onde as pessoas colocam as cenas do novo filme dubladas com as vozes do desenho.
Entendo que a nostalgia é grande e que crescemos vendo e ouvindo estes personagens com características especificas, porém não podemos esquecer que o desenho é de 94 e alguns dos dubladores já estão mais velhos ou se aposentaram da profissão. Tem uns que até morreram, então é importante ter a mente aberta.
Eu gostei das vozes escolhidas para o filme, principalmente da cantora Iza que emprestou a voz para Nala. Achei que ela deu o tom certo da personagem, que é extremamente forte e destemida. O único que deixou a desejar, ao meu ver, foi o ator Ícaro Silva, que deu voz a Simba. Achei a voz muito diferente e que foi meio forçado no canto, mas isso é minha opinião.
O importante é que a dublagem não interfere tanto no filme e se você conseguir abstrair e pensar que está vendo uma nova versão, nem irá se importar com as vozes.
Timão e Pumba são os melhores
Sim, os dois personagens mais engraçados do desenho roubam a cena neste filme e são os melhores. Eles são engraçados, tem as falas mais apropriadas para cada momento e ainda tem aquela dinâmica incrível que vemos na animação, que fazem a gente rir quando Timão diz que é sua uma ideia que foi de Pumba.
Em cada cena que aparecem, eles acrescentam a comédia e fazem a gente rir. Eles são o espírito do lema de suas vidas Hakuna Matata. Aliás, é impossível não cantar a música junto com eles e acreditar que você pode viver a vida da forma como imagina, viver o momento, deixar os problemas de lado, não dar importância para aquilo que não merece seus pensamentos.
O hino de nossas infâncias – se você tiver mais de vinte anos – enche o cinema de alegria e faz a gente ter certeza que nunca teremos outros dois amigos mais incríveis como Timão e Pumba.
Trilha sonora e imagem visual
A trilha continua com os mesmos clássicos que conhecemos, com as letras fortes e marcantes. Alguns toques e sons de segundo plano foram mudados, mas nada que afeea as músicas que amamos.
As imagens são um show a parti, com muita natureza na África sendo mostrada. A gente realmente se sente em meio a savana, com todos aqueles animais e plantas ao nosso lado.
Os animais são extremamente realistas, tornando difícil a gente perceber a computação gráfica. Parece que eles estão falando de verdade, que estão tendo toda aquela interação e atitudes. É incrível.
Enfim, algumas pessoas não curtiram a adaptação e preferem o desenho. Na crítica especializada também tem os que acham que o filme poderia ter sido melhor e que ficou faltando a emoção que o desenho tem.
Para mim, o filme foi ótimo, me fez chorar na morte de Mufasa, me deu raiva de Scar e suas hienas, me fez rir com Timão e Pumba, e suspirar com Simba e Nala. Ao meu ver, cumpriu seu papel divinamente e se tornará inesquecível assim como a animação.
O Rei Leão segue em cartaz.
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Até mais