qui. nov 21st, 2024

Filmes disputam a preferência do público, sendo que um deles é considerado, por muitos, o longa do ano

Finalmente! O dia mais aguardado do cinema, aliás, possivelmente um dos dias mais aguardados de 2023, finalmente chegou.

Depois de muita espera e ansiedade, hoje estreia nos cinemas o dito como filme mais aguardado do ano. Mas ele não está sozinho e tem uma dupla que promete explodir a bilheteria. E é claro que estamos falando de Barbie e de Oppenheimer, os nossos Destaque da Semana.

Hey Barbie! O longa da boneca mais famosa do mundo dispensa qualquer apresentação, afinal, desde que foi anunciado, o hype para a produção protagonizada por Margot Robbie e Ryan Gosling foi aumentando e tomou conta de todas as áreas. O marketing se infiltrou nos mais diversos mercados e é impossível entrar nas redes sociais sem dar de cara com algo relacionado ao filme. Podemos dizer que nosso lookinho rosa está separado há muito tempo e estamos mais do que prontos para conferir esta história.

Mas quando se acreditava que o assunto da semana seria apenas a “loirinha”, eis que Christopher Nolan resolveu seguir com seus planos e não mudou a data para estreia de seu novo longa. O que se viu foi o início de uma enxurrada de memes, que acabou por despertar o interesse do público no filme sobre a 2ª Guerra Mundial, chamando a atenção não apenas dos fãs do diretor, mas do público em geral, mesmo daqueles que não curtem esse tipo de produção.

A verdade é que uma “disputa” boa acabou se instaurando e com isso chegamos na semana mais emocionante do cinema em tempos, que com certeza vai marcar este ano e a história da indústria. E aí, quem vai levar essa?

Barbie
Sinopse e detalhes

No fabuloso live-action da boneca mais famosa do mundo, acompanhamos o dia a dia em Barbieland, o mundo mágico das Barbies, onde todas as versões da boneca vivem em completa harmonia e suas únicas preocupações são encontrar as melhores roupas para passear com as amigas e curtir intermináveis festas. Porém, uma das bonecas (interpretada por Margot Robbie) começa a perceber que talvez sua vida não seja tão perfeita assim, questionando-se sobre o sentido de sua existência e alarmando suas companheiras.

Logo, sua vida no mundo cor-de-rosa começa a mudar e, eventualmente, ela sai de Barbieland. Forçada a viver no mundo real, Barbie precisa lutar com as dificuldades de não ser mais apenas uma boneca. Pelo menos ela está acompanhada de seu fiel e amado Ken (Ryan Gosling), que parece cada vez mais fascinado pela vida no novo mundo. Enquanto isso, Barbie tem dificuldades para se ajustar e precisa enfrentar vários momentos nada coloridos, até descobrir que a verdadeira beleza está no interior de cada um.

Além da dupla principal, o elenco é estrelado de nomes estrelares como America Ferrera, Simu Liu, Issa Rae, Kingsley Ben-Adir, Michael Cera, Emma Mackey, Hari Nef, Will Ferrell, Kate McKinnon, Dua Lipa e muitos outros.

A direção é de Greta Gerwig, indicada duas vezes ao Oscar de Melhor Direção. Ela também assina o roteiro ao lado de Noah Baumbach. Além disso, Margot entra também como produtora do longa, sendo um das grandes responsáveis pelo filme ter se tornado realidade. A duração é de 01 hora e 55 minutos. Vale disser que apesar da temática e do cenário fofinho, o filme recebeu classificação indicativa para maiores de 12 anos aqui no Brasil. Ou seja, mesmo sendo focado na famosa boneca, ele não é exatamente para crianças. Por isso, fique atento se pretende levar alguma criança para assistir.

Para mudar a história

Quando se fala em Barbie, estamos falando em um verdadeiro ícone mundial. A boneca foi criada no final da década de 50 e veio com a ideia de ser o primeiro brinquedo para meninas, que não tivesse o intuito de ser algo para cuidar da casa ou de “ser mãe”, como as outras bonecas eram. Por isso, desde que nasceu a Barbie é considerada uma feminista e empoderada, afinal ela tem todas as profissões.

Porém, ao longo dos anos a boneca acabou se tornando, também, a imagem de uma “perfeição” e de um padrão de beleza irreal para as meninas de todo o mundo. Mesmo que essa não tenha sido a ideia inicial, foi algo que se perpetuou ao longo das décadas. E mesmo a Mattel, empresa por trás da boneca, tendo tomado atitudes, tudo bem que tardiamente, e desenvolvido linhas que mostram a diversidade de corpos e belezas, essa ideia da Barbie perfeita ficou sempre enraizada no imaginário popular.

Agora, o filme vem com a promessa de reescrever a história e mostrar um lado mais humano da boneca, focando em assuntos importantes, tirando sarro de sua própria caminhada e pedindo desculpas a todos aqueles que alguma uma vez pode ter se sentido mal com o brinquedo. É um filme de comédia, mas que não deixa de criticar e falar do que precisa ser falado.

Críticas

No meio de todo este entusiasmo pelo filme, um medo que ainda rondava a mente do público era o que os críticos iriam achar do longa. Afinal, estamos falando de uma produção sobre um brinquedo, totalmente cor de rosa e que, apesar de prometer algo mais profundo, seria o tipo de filme que poderia sim ser alvo de várias críticas negativas. Mas fique tranquilo.

Se você estava pronto para defender a Barbie nas redes sociais, saiba que a produção conquistou os especialistas também. O longa possuí uma nota de 89% de aprovação no Rotten Tomatoes, com base em mais de 160 rewies, no momento em que este post está indo ao ar. É uma nota extremamente alta, que já rendeu ao filme o certificado Fresh e que prova que é uma produção que vai além do que se imagina.

Os principais pontos mencionados pelos críticos é a criação do mundo, a fotografia e ambientação, o roteiro inteligente, que te faz rir e chorar, a direção primorosa e claro o elenco, com destaque para Margot, sendo que muitos apontam ter como certo sua indicação para o Oscar do ano que vem.

Oppenheimer
Sinopse e detalhes

Oppenheimer é um filme histórico de drama dirigido por Christopher Nolan e baseado no livro biográfico Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer vencedor do Prêmio Pulitzer, escrito por Kai Bird e Martin J. Sherwin.

Ambientado na Segunda Guerra Mundial, o longa acompanha a vida de J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy), físico teórico da Universidade da Califórnia e diretor do Laboratório de Los Alamos durante o Projeto Manhattan, que tinha a missão de projetar e construir as primeiras bombas atômicas. A trama acompanha o físico e um grupo formado por outros cientistas, ao longo do processo de desenvolvimento da arma nuclear que foi responsável pelas tragédias nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945.

Este também é um filme com grandes nomes no elenco, que além de Cillian também traz astros como Emily Blunt, Matt Damon, Robert Downey Jr., Florence Pugh, Gary Oldman, Jack Quaid, Gustaf Skarsgård, Rami Malek, Kenneth Branagh, Josh Hartnett e mais. Além de dirigir, o premiado Nolan também é o nome responsável pelo roteiro. A duração é de 03 horas e 01 minuto.

Contando a história

A sinopse do filme deixa pouco para se pensar. Assim como está prometido, o longa vem mostrar todos os eventos que antecederam a tomada de decisão de se criar uma bomba nuclear, tudo o que foi pensado e debatido antes desta criação e o momento em que foi decidido que era algo a ser feito.

Mas se engana quem pensa que o filme vai exaltar essa criação, que foi algo que causou tragédias e que é motivo de medo ainda hoje quando se fala em poder armamentista dos países. Na verdade, o filme vai explorar todos os lados possíveis desta história, passando por questões morais, sentimentais, psicológicas e muito mais de seus personagens.

É um filme que vem para contar a história, mas te fazer pensar sobre todos os que vieram antes de nós, sobre as decisões que tomaram, os erros que cometeram e que são responsáveis, em grande parte, pelo mundo que vivemos hoje. Segundo Downey Jr., este foi o melhor filmes que ele já teve a chance de trabalhar e um verdadeiro marco em sua carreira.

Críticas

No Rottento Tomatoes o filme já conquistou seu certificado Fresh, com mais de 140 avaliações postadas e uma nota de 92% de aprovação dos críticos até o momento. Não é uma surpresa, afinal este é aquele tipo de produção querido entre os especialistas em cinema e com toda certeza será figurinha carimbada nas premiações em 2024.

Os principais pontos exaltados são claro o roteiro e a direção de Nolan, que é considerado um dos melhores diretores de todos os tempos, daqueles que todo mundo sempre tem curiosidade em assistir. Também são destaques os efeitos especiais, que contribuem para dar realismo a produção, principalmente se assistido em telas de alta definição, e o desempenho do elenco, liderado por Murphy, que brilham em seus papéis.

Vale disser que o fato de a nota de Oppenheimer estar a frente de Barbie, em exatos 3%, tem sido motivo de crítica por parte do público. Para esta parcela, existe um preconceito velado de quem deu notas mais baixas para a produção de Greta, enquanto o filme de Nolan é levado mais a sério por sua temática e também por ser do diretor.

O que a gente pensa disso? Acreditamos que não é bem assim. É verdade que produções que narram momentos históricos, com carga mais dramática e pesada tem uma tendência a ser mais bem avaliada pela imprensa. Contudo, Barbie é um filme que poderia ser alvo ferrenho de críticas ruins exatamente por este motivo, por não ser nada daquilo que os críticos tem tendência a preferir.

O fato de a nota do filme estar alta mostra que eles deixaram, ou pelo menos tentaram, deixar de lado opiniões pré-estabelecidas e olharam para o longa de forma profissional. Além disso, algo que conta em sites que acumulam críticas, como é o caso do Rotten Tomatoes que mencionamos aqui, é a quantidade de avaliações postadas. Quanto mais rewies chegam, a nota tem tendência de ir abaixando e se estabilizando.

Quando chegou no site, Barbie abriu com 97% de aprovação, sendo que perdeu apenas sete pontos até aqui, um feito realmente impressionante, afinal o número de comentários postados foi subindo e a nota pouco abaixo. E se você reparar, Barbie tem mais de 20 avaliações postadas do que Oppenheimer, o que também contribui para esta diferença de apenas, e vamos focar no apenas, três por cento que separa a nota de um filme para o outro.

O resultado disso é que temos duas produções excelentes estreando, que tem suas particularidades e propósitos distintos, mas que mostram o que o cinema tem de melhor. Em um momento em que a indústria está sofrendo com suas bilheterias, com desinteresse do público nos lançamentos e com greves de dois setores fundamentais para que a engrenagem continue girando, brigar e discutir sobre quem é o melhor, quem é “mais cinema”, não é o ideal.

O ideal mesmo é assistir à produção que mais te agrada, que vai te fazer feliz e proporcionar bons momentos. Se for as duas, ótimo, incrível. Se for apenas uma, ótimo também. Você não está errado de forma alguma.

Barbie e Oppenheimer já estão em cartaz nos cinemas e você pode conferir hoje mesmo. E nada de provocar brigas e espalhar o ódio nas redes sociais. Vamos curtir os filmes, seja quais forem, e fazer parte deste momento histórico para a sétima arte.

Legião Jovem, você sempre antenado!

 

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