qui. set 19th, 2024

Produção é uma das grandes indicadas e favorita ao Oscar 2022

Hoje, dia 10 de março, chega nos cinemas o longa Belfast, produção vencedora do Festival de Toronto em 2021, do Globo de Ouro 2022 e um dos favoritos ao Oscar 2022.

O filme retrata um momento delicado da Irlanda do Norte, que passou por um período de guerra, mas mostra isso do ponto de vista de uma criança, sendo todo criado à partir das memórias e vivências do seu roteirista e diretor.

Sendo uma produção de destaque, que tem chamado a atenção por onde passou e uma concorrente forte na maior premiação do cinema é claro que seria o nosso Destaque da Semana.

Vem conferir!

Sinopse e detalhes

Belfast narra a vida de uma família protestante de classe trabalhadora na Irlanda do Norte, da perspectiva de seu filho de 9 anos, Buddy (Jude Hill), durante os tumultuosos anos de 1960. O jovem Buddy percorre a paisagem das lutas da classe trabalhadora, em meio a mudanças culturais e violência extrema. O menino sonha com um futuro melhor, glamoroso, que vai tirá-lo dos problemas que enfrenta no momento, mas, enquanto isso não acontece, ele se consola com o carismático Pa (Jamie Dornan) e a Ma (Caitríona Balfe), junto com seus avós (Judie Dench e Ciarán Hins) que contam histórias maravilhosas.

Enquanto isso, a família luta para pagar suas dívidas acumuladas. Pa sonha em emigrar para Sydney ou Vancouver, uma perspectiva que Ma encontrou com aflição. No entanto, ela não pode mais negar a opção de deixar Belfast à medida que o conflito piora e Pa recebe uma promoção e um acordo de moradia na Inglaterra de seus empregadores.

Descrito como um drama com um leve toque de comédia dramática, o longa tem direção e roteiro de Kenneth Branagh, que já fez história no Oscar antes mesmo da premiação deste ano. Isso porque Branagh foi indicado nas categorias de Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme, sendo que com isso ele já recebeu sete indicações na premiação, todas em categorias diferentes, sendo a primeira pessoa que alcança este feito.

Vale dizer que além de concorrer nas três categorias mencionadas anteriormente, o longa também recebeu indicações para Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Som e Melhor Canção, somando ao todo sete categorias. A produção tem duração de 1 hora e 39 minutos.

Inspirado na vivência do diretor

Uma das coisas que mais chama atenção dentro da trama do filme, além claro de se tratar de um período real da história da Irlanda do Norte, é o fato dos acontecimentos mostrados serem inspirados na vivência do diretor.

Sendo um veterano da indústria cinematográfica, com uma carreira como ator consolidada e tendo se desenvolvido por trás das câmeras, Branagh resolveu trazer para as telas suas lembranças de infância, da época em que católicos e protestantes travavam uma guerra civil no território de Belfast.

Kenneth Branagh usou sua própria vivência para escrever a história original do filme / Imagem: Reprodução/ Divulgação

Através de uma ótica única, a produção mescla a nostalgia do diretor com seu lado crítico diante de tudo, mas mostrando os fatos sob o olhar inocente e sonhador de uma criança, como ele era durante o período.

De forma sensível, tocante e única, o filme consegue mostrar como os fatos que ocorrem conosco durante nossos primeiros anos de vida deixam marcas por toda a nossa existência e acabam se tornando inspiração quando crescemos para contarmos a nossa própria história.

E a crítica?

É claro que se tratando de um filme que vem sendo aclamado desde seu lançamento oficial, que rolou lá em 2021 nos Estados Unidos, todos ficam de olho nas críticas ao longa.

No Rotten Tomatoes a produção soma uma nota de 87% de aprovação por parte da crítica, com base em mais de 290 avaliações. Já pelo público, a produção possuí uma nota ainda mais superior, sendo esta de 92%, algo que chama a atenção pelo gênero do filme, que costuma agradar mais crítica do que público em geral. Isso mostra a força do longa.

Aqui no Brasil, as principais críticas que já saíram dão destaque a força narrativa do filme e também o elenco que soube conduzir a trama de forma leve, mesmo se tratando de um assunto pesado. Também dão destaque na direção, que conseguiu trazer para o público o olhar infantil que era necessário para criar simpatia com o protagonista.

Belfast é aquele tipo de filme imersivo, que emociona ao mesmo tempo que nos faz refletir sobre os conflitos que nós mesmo criamos e como eles afetam a vida de tantas pessoas, por muitos e muitos anos. Neste momento, mais do que nunca, precisamos pensar (e repensar) sobre isso.

Então não deixe de conferir e já aproveite para riscar o longa da lista de produções do Oscar 2022.

Destaque da Semana volta na próxima quinta.

Até lá!

 

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