qui. set 19th, 2024

Está aí neste domingo preguiçoso, procurando alguma coisa para assistir, mas não sabe o que conferir? Não se preocupe porque nós estamos chegando com mais uma Dica de Filme para você.

A escolha de hoje é O Quarto de Jack, um drama com uma pitada de suspense, que foi um dos grandes destaques da temporada de premiações de 2016, com várias indicações e prêmios. Aliás, o filme rendeu a Brie Larson, nossa incrível Capitã Marvel, o Oscar, Globo de Ouro, Critics Choice Award, BAFTA, SAGA Award e Independent Spirit na categoria de Melhor Atriz.

Se você não conhece o longa ou ainda não conseguiu assistir, vem que te contamos tudo.

Sinopse e informações

Lançado em 2015, o filme é uma adaptação da obra de mesmo nome escrita por Emma Donoghue, autora irlandesa que foi finalista de vários prêmios por conta do livro publicado em 2010.

Joy (Brie Larson) e seu filho Jack (Jacob Tremblay) vivem isolados em um quarto. O único contato que ambos têm com o mundo exterior é a visita periódica do Velho Nick (Sean Bridgers), o homem que os mantém em cativeiro. Joy faz o possível para tornar suportável a vida no local, mas quando seu filho completa cinco anos, ela decide elaborar um plano para fugir. Com a ajuda de Jack, ela tenta enganar Nick para retornar à realidade e apresentar um novo mundo ao seu filho.

A produção tem direção de Lenny Abrahamson e o elenco ainda conta com Joan Allen, William H. Macy, Amanda Brugel e outros. O roteiro ficou por conta de Emma Donoghue, autora do livro, o que fez com que a produção captasse exatamente a essência da obra escrita, se tornando uma adaptação extremamente fiel.

O mundo todo dentro de um quarto

Quando você começa a assistir ao filme, você percebe que existe algo ali, uma história que ainda não foi contada e que será desdobrada conforme a trama for acontecendo. Contudo, ao ler a sinopse e ver o trailer, você já imagina o que aconteceu e isso te dá um soco na boca do estomago, porque você passa a pensar quantas vezes isso realmente aconteceu na nossa sociedade.

Passada esta primeira sensação, somos apresentados a uma mãe e seu filho, que vivem trancados em um pequeno quarto, seguindo regras feitas para sua proteção. Eles sentem medo, principalmente quando um visitante aparece, mas, na maior parte do tempo, tentam viver da melhor forma possível.

É incrível como a personagem de Brie se mostra uma mulher forte, que mesmo vivendo um verdadeiro inferno, guarda seus próprios traumas e medos para fazer com que seu pequeno filho não enxergue todo o horror que os cerca.

É inevitável não se colocar no lugar dos personagens e imaginar como seria viver isolado do mundo todo / Imagem: Divulgação/ Reprodução

Dentro daquele pequeno quarto eles cantam, escrevem, desenham um mundo diferente. O menino não faz ideia de como é o mundo fora daquelas quatro paredes porque sua mãe escolheu esconder, dizer que não existe mais nada, pois acredita que assim o está protegendo. Ver o garotinho desenhar uma janela e colocar na parede, conversar como uma pequena plantinha sem fazer ideia que lá fora existem árvores é de partir o coração.

Em certos momentos nós, que estamos assistindo, nos sentimos trancados, sufocados e apreensivos, sendo que é justamente esta a sensação que o filme quer passar, como é viver isolado do mundo exterior, sem contato com ninguém. Porém, a relação entre mãe e filho, como também a forma que eles conseguem transformar aquele quarto, nos faz sentir esperança em um final diferente, nos ligando diretamente a eles e torcendo para tudo acabe da melhor forma possível.

Um show de interpretação

Não é de se admirar que Brie Larson tenha saído vencedora em todos os prêmios aos quais foi indicada como Melhor Atriz. Verdade seja dita, ela dá uma verdadeira aula de interpretação, conseguindo se transformar dentro do mesmo papel.

Nós sentimos todas as emoções da personagem: o medo, a raiva, a tristeza, a repulsa, o amor incondicional pelo filho, a força, a vontade de viver e o trauma que fica em sua alma. A cada expressão, a cada gesto, a cada olhar, a atriz se entrega completamente e nos prende ao filme, não conseguimos deixar de nos importar com a protagonista.

Porém, não somente Larson dá um show, como também seu jovem parceiro de cena Jacob Tremblay. O que esse garoto, na época com oito anos, consegue fazer é de cair o queixo. Ele também segue os passos de Brie e vemos em suas ações e feições tudo o que ele está sentindo. É uma daquelas duplas perfeitas do cinema.

O filme todo gira, basicamente, na relação entre mãe e filho, sendo que Brie Larson e Jacob Tremblay dão um show de interpretação, segurando toda a narrativa / Imagem: Divulgação/ Reprodução

Além disso, quando chega os momentos finais do filme, quando as situações já foram reveladas e sabemos como estão nossos personagens, é inevitável ficar pensando como eles seguirão. Sabe aquele filme que você se conecta tanto com os personagens, que quando acaba você fica se perguntando o que aconteceu com eles, como eles viverão depois daquilo, como se fossem pessoas reais? Pois bem, é justamente isso que acontece aqui.

Nós queremos sentar e conversar com essa mulher machucada, saber o que ela está sentindo, seguir seus passos e ajudar a curar suas feridas, enquanto torcemos pelo seu sucesso. Também queremos acompanhar o crescimento de Jack, ver esse garotinho mudando, se transformando e entendendo tudo aquilo que ele passou. Graças as interpretações destes dois artistas incríveis que conseguiram contar essa história de forma tão delicada e crua que isso é possível.

Quando um filme consegue fazer isso com quem assiste, criar esse laço, essa empatia, podemos dizer que o sucesso é mais do que garantido.

E aí, você já assistiu O Quarto de Jack? O que pensa desta produção? Gostou ou não acha tudo isso? Conta pra gente e não esquece de nos acompanhar nas redes sociais.

Até mais!

 

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