Dica de Série: Bates Motel

Para esta sexta-feira escolhemos uma produção já finalizada, que traz um bom suspense e que é baseada em um dos maiores clássicos de terror dos cinemas, o Filme Psicose, do Incrível Hitchcok. Estamos falando da série Bates Motel que é nossa Dica de Série para hoje. Então vem com a gente conferir todos dos detalhes, porque depois de ler essa matéria, com certeza você vai querer assistir.

Sinopse e informações

Bates Motel é uma produção da Universal Television, exibida pelo canal A&E. Com desenvolvimento e roteiro de Carlton Cuse, Kerry Ehrin e Anthony Cipriano, a primeira temporada foi lançada em 18 de março de 2013, com dez episódios ao todo, tendo dois grandes nomes nos papéis de protagonistas: Vera Farmiga e Freddie Highmore.

A trama acompanha Norma Bates (Vera Farmiga) que após a misteriosa morte de seu marido, decidi começar uma nova vida longe do Arizona, e por isso se muda para a pequena cidade de White Pine Bay, no Oregon. Ela leva consigo o filho de 17 anos, Norman (Freddie Highmore). Para o novo começo, Norma compra um velho motel abandonado e a mansão ao lado, para tocar junto com seu filho. Mãe e filho sempre compartilharam uma relação complexa, quase incestuosa. Na nova cidade, trágicos acontecimentos vão empurrá-los ainda mais e complicar suas vidas, assim como de outros moradores. Todos eles agora compartilham um segredo obscuro.

Recepção do público

A princípio existia muita dúvida sobre o projeto e muito receio de que a série acabasse indo por um caminho errado, tendo em vista que revisitaria uma das tramas mais importantes dentro da história do cinema.

Contudo, logo nos primeiros episódios a produção mostrou que teria sua própria identidade, respeitando o legado do filme. Assim, a série foi sucesso logo de cara, sendo renovada para uma segunda, terceira, quarta e quinta temporada.

Muito do sucesso se deu, em grande parte, pela dinâmica e química entre Vera e Freddie, que se entregaram ao papel e mostram a profunda, estranha e complexa relação entre mãe e filho, algo que ninguém sabia explicar.

Os atores mostraram que entenderam que tudo o que girava nesta relação era psicológico e isso ficou evidente nas atuações, que arrebataram o público, que se sentiu profundamente interessado em descobrir os rumos desta história, que se complicava cada vez mais.

O sucesso foi garantido e enorme deste a primeira temporada, sendo que os fãs pediram que a série não terminasse na quinta temporada. Contudo, os criadores já haviam informado que a trama precisava de cinco temporadas para ser contada, nenhuma a mais, e se mantiveram fiéis a ideia original. Isso foi bom, pois a série teve o ritmo necessário, não ficou maçante e entregou tudo o que se esperava.

Um outro olhar sob Norman Bates

Como mencionamos lá no começo, Bates Motel é uma série que tem como base o filme Psicose, do diretor Hitchcok, lançado em 1960, sendo um dos grandes sucessos de sua carreira.

O filme fez tanto sucesso, sendo que foi o primeiro a utilizar como recurso a escalada de música para dar tensão a cena. Sabe quando você está assistindo um filme de terror, a música começa a subir de volume e você sente que algo vai acontecer? Pois é, foi o diretor quem inventou esse recurso na famosa cena do banheiro, que ficou eternizada no cinema.

No filme, nós conhecemos Norman, um homem dono de um motel falido na beira de uma estrada em uma pequena cidade. Ele tem uma mãe super protetora, que parece estar em todos os lugares e sempre tomando conta da vida do filho. Em um dia de forte tempestade, uma jovem que roubou uma grande quantia de dinheiro em seu trabalho e fugiu, acaba se hospedando no Motel Bates. Norman se interessa pela jovem, mas sua mãe não gosta da possível relação e acaba tomando uma atitude impensada.

Se você já assistiu ao clássico, sabe como o filme se desenrola e tudo o que acontece, incluindo a grande revelação do final, que deixou todo mundo chocado na época do lançamento. Porém, não vamos falar do final aqui, caso você não conheça.

Você também precisa saber que o filme é uma adaptação, inspirada no livro Psicose do autor Robert Bloch, lançado em 1959, um ano antes do longa. O livro também apresenta basicamente a mesma história, com os mesmos personagens. Uma curiosidade é que o autor usou como inspiração a relação obsessiva que o famoso serial killer Ed Gein tinha com sua mãe.

Dito tudo isso, vamos voltar para a série. A produção da A&E decidiu dar um novo olhar sob o personagem Norman e a primeira decisão tomada foi quanto a idade do protagonista.

Enquanto no livro e no filme ele já era um homem mais velho, na produção televisiva ele passou a ser um garoto de 17 anos, saindo da adolescência e entrando na vida adulta. Além disso, ficou decidido que a série se passaria em tempo presente.

Isso gerou muitas dúvidas dos fãs das obras anteriores, que achavam que o personagem acabaria sendo descaracterizando. Contudo, logo ficou evidente que a ideia dos criadores era mostrar a vida e os fatos que levaram Norman a se tornar quem se tornou.

Com o andar da série, ficou evidente como a ideia foi assertiva, tendo em vista que ficamos conhecendo mais do jovem e descobrimos o que aconteceu que acabou o tornando alguém totalmente obsessivo e tão estranho.

A cada temporada fomos acompanhando o desenrolar da história e o aprofundamento no psicológico do personagem. Foi ficando evidente os problemas profundos que ele possuía. A série soube explorar com maestria esse aprofundamento, sem acelerar a trama.

Além disso, o ponto forte é que somente na quinta temporada chegamos ao ponto narrado e já tão conhecido anteriormente. E quando chega o capítulo final, nós entendemos muito mais da história do personagem, que ficou por trás dos fatos apresentados. Isso é um grande atrativo para quem já gostava do filme ou do livro.

Bates Motel é daquelas séries que te prendem logo de cara, no primeiro episódio e te deixa obcecado para descobrir o que vai acontecer.

Se você nunca assistiu, recomendamos muito. Ah, e depois que você maratonar, assista ao filme e/ou leia o livro, porque também valem a pena.

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Até mais!