qui. nov 21st, 2024

Hoje é sexta-feira e nada melhor do que uma Dica de Série para animar o fim de semana. A nossa dica de hoje é O Mundo Sombrio de Sabrina, uma produção original Netflix recente e que estreia exatamente hoje (24) sua terceira parte na plataforma de streaming.

Então se você tem curiosidade sobre o programa, mas ainda não se arriscou em assistir, vem conferir o nosso post e quem sabe você não decide maratonar.

Origem e trama

A série estreio no dia 26 de outubro de 2018, tendo sido desenvolvida por Roberto Aguirre-Sacasa, que muitos conhecem por ser o responsável por outra produção famosa, Riverdale.

Primeiramente, a trama seria desenvolvida para coexistir no mesmo universo de Riverdale dentro do canal CW, tendo em vista que a personagem principal é uma criação dos quadrinhos Archie Comics. Contudo, o plano inicial foi deixado de lado e a produção passou para a Netflix.

Na trama conhecemos a jovem Sabrina Spellman, interpretada pela atriz Kiernan Shipka. Sabrina tenta conciliar seus dois mundos, pois ela é metade bruxa e metade humana, mas as duas realidades não podem conviver no mesmo tempo. Por isso, quando completa dezesseis anos, a jovem deve abrir mão de sua metade humana e entregar sua vida para o lado da noite, se tornando uma bruxa completa. Contudo, a garota não aceita ter que abrir mão do seu namorado Harvey (Ross Lynch) e nem de suas amigas, Rosalind (Jaz Sinclair) e Susie (Lachlan Watson). Desta forma, Sabrina passa a sofrer terríveis ataques e tenta a todo custo proteger quem ama.

https://www.youtube.com/watch?v=6X9dbvAzyQE
Aprendiz de Feiticeira macabra

Se você nasceu na década de 90, deve ter crescido assistindo a série ou os filmes de Sabrina, Aprendiz de Feiticeira ou A Feiticeira Adolescente. A personagem ficou famosa na pele da atriz Melissa Joan Hart, se tornando um grande sucesso da época.

Para se ter ideia, a série ficou no ar de 1996 até 2003, computadorizando sete temporadas e, como já dissemos, se tornou dois filmes que também agradaram ao público.

Se você olhar, vai ver que a produção da Netflix tem certa similaridade com a produção dos anos 90. Temos uma jovem meio bruxa, meio humana, que quer ter seus poderes, mas que não quer abrir mão de outros aspectos de sua vida. Também temos os personagens conhecidos, como as duas tias que cuidam da garota e até um gato com nome de Salem, mas as semelhanças param por aí.

Enquanto a série antiga era voltada para comédia, uma sitcom engraçada, em que víamos a adolescente passando por coisas comuns do cotidiano, mas entrando em grandes confusões por conta de seus poderes, a nova produção é voltada para o terror e sobrenatural.

A primeira versão da personagem para televisão foi vivida pela atriz Melissa Joan Hart e era uma produção de comédia, voltada para o público infanto-juvenil / Imagem: Divulgação

Não temos nada de engraçado, a não ser alguns alívios cômicos, mas, no contexto geral, o que vemos é uma série que aposta no medo, nas crenças sobrenaturais para contar sua história, sem medo de chocar o telespectador.

Já tivemos especial de Natal que contou uma história diferente da conhecida pelo cristianismo, já vimos os portões do Inferno sendo abertos e até a configuração de Satanás como um bode. Aliás, a série investiu pesado na trama e até montou toda uma escola onde as artes das trevas são estudadas e onde se tem que entregar sua alma ao ser sobrenatural, escrevendo seu nome no livro da besta.

Mas se engana quem acha que ir por este viés macabro tenha sido obra do responsável pela série. Na verdade, Roberto se baseou na história dos quadrinhos, que realmente apresenta uma Sabrina diferente, com temáticas de terror e suspense. A ideia de transformar a trama em comédia foi tida lá em 1996, pois acreditavam que uma produção de terror não faria sucesso entre os mais jovens.

Contudo, deste o lançamento, a atual história da bruxinha tem sido um verdadeiro sucesso, com nota de aceitação de 95% entre os assinantes e, até mesmo, tem superado as avaliações de Riverdale e sido considerada uma produção melhor, mais consistente e bem escrita.

Polêmicas

Como nem tudo são flores, a série se envolveu em algumas polêmicas. A primeira foi com a atriz Melissa Joan Hart que, como já dissemos, deu vida a bruxinha na série antiga.

Acontece que indo na contramão das críticas, a atriz afirmou que não gostou da trama mostrada na produção da Netflix, que acha que a história perdeu o sentido e se tornou apelativa e desrespeitosa. Para se ter ideia, ela recusou o convite para uma participação especial e disse que prefere lembrar de Sabrina da forma como ela conhecia.

A segunda polêmica foi com um Templo Satanista dos Estados Unidos, que decidiu processar a produção da série, a Warner Bros. e a Netflix, por apropriação de imagem e difamação. O rolo todo aconteceu porque o templo afirmou que uma estátua da figura de Baphomet rodeado por duas crianças, que aparece no centro do salão da escola de bruxaria na série, seria uma criação de um artista do templo e por isso os direitos para usá-la deveriam ter sido pedidos.

O Templo Satanista dos Estados Unidos processou a série por difamação e apropriação de imagem, por terem usado uma estátua que eles afirmaram ter sido feita por uma artista da instituição / Imagem: Reprodução Netflix

O templo também disse que a produção distorcia os pensamentos e a filosofia da religião satanista, ferindo a imagem da instituição com ideais inexistentes. Com isso, os responsáveis pediram o cancelamento da série e uma indenização por danos morais. A Netflix acabou entrando em um acordo com o templo e a série prosseguiu.

A produção também se tornou alvo de várias instituições religiosas cristãs, grupos conservadores e movimentos que não aceitam a temática da série e sua classificação etária. Para muitos, a produção deveria receber censura de 18 anos e não estar liberada para o público comum dentro da plataforma de streaming.

Empoderamento feminino e quebra de tabus

Polêmicas à parte, a produção tem orgulho de ser conhecida por uma série que não tem medo de desafios e que mostra temáticas importantes dentro de sua trama, sem medo de represálias.

Ela já foi reconhecida como uma obra extremamente empoderadora para meninas, tendo em vista que mostra não só Sabrina, mas como todas as personagens femininas, lutando contra ideais machistas e preconceito.

Na série, as mulheres são as grandes responsáveis pelas mudanças ocorridas e não se deixam abaixar a cabeça diante dos homens. Inclusive, Sabrina e suas amigas criam um grupo da escola de humanos responsável por dar apoio e ajudar garotas que sofreram algum tipo de abuso.

Além disso, a série também quebrou grandes tabus ao apostar na temática de religião sem se deixar cair nos recursos já tão conhecidos e apostou em personagens que mostrassem a diversidade do mundo, como é o caso de Susie que mais para frente Spoiler!!! passa a se reconhecer como Théo.

Terceira parte disponível e muita música

Como comentamos lá no começo, a terceira parte da série chegou hoje na Netflix e promete continuar com todos os seus diferenciais e apostando no que foi mostrado para seguir contando sua história.

Contudo, uma novidade já confirmada é que teremos vários números musicais neste novo ano. Uma dica foi o próprio trailer da série que foi um verdadeiro clipe musical e que mostrou novos personagens e relações.

Confira:

Se você ainda não conferiu O Mundo Sombrio de Sabrina, não perde mais tempo e vai correndo assistir. A terceira parte já está disponível e você pode aproveitar o final de semana para maratonar tudo.

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Até mais!

 
One thought on “Dica de Série: O Mundo Sombrio de Sabrina (estreia 3ª parte)”

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