sáb. nov 23rd, 2024

Veja tudo sobre essas gigantes dos quadrinhos e do cinema

Todos nós sabemos sobre a rivalidade entre Marvel e DC, porém temos que ressaltar que essa rivalidade é maior por parte dos fãs do que propriamente das editoras. Claro que, por se tratarem das duas maiores editoras de quadrinhos de heróis, a comparação torna-se inevitável, assim como a disputa entre elas. Mas nos últimos anos com a crescente onda de Super Heróis nos cinemas e o estrondoso sucesso da Marvel, essa rivalidade ficou mais evidente.

É inegável que quando se trata de quadrinhos, as duas editoras são “tecnicamente” iguais. O sucesso de ambas é bem equilibrado e, inclusive, já fizeram diversos crossovers entre os dois universos, como por exemplo: Batman & Demolidor: O Rei de Nova York, Homem Aranha & Batman, Darkseid vs Galactus: O Devorador e até mesmo Liga da Justiça e Vingadores.

Editoras já trabalharam juntas com crossovers em grandes eventos, unindo os dois universos /  Imagem: Divulgação

Mas o ponto chave e de maior discussão hoje em dia, é o fato de enquanto a Marvel tem um universo compartilhado de grande sucesso com 21 filmes no cinema e com projetos em andamento para sua sequência, a DC passa maus bocados com um “universo” compartilhado com 7 filmes que mal conversão entre si, com um planejamento mal executado e que, após o fracasso de Liga da Justiça em 2017, se perdeu ainda mais.

Então qual é o motivo de tanta diferença entre os estúdios, se nos quadrinhos o sucesso é praticamente o mesmo? Vem com agente analisar essa situação.

Marvel aproveitou a ocasião

Em uma época, anos atrás, em que nós nerds pedíamos Liga da Justiça no cinema, que sonhávamos em ver Super Man, Batman, Lanterna Verde, Flash, Aquaman, entre tantos outros heróis da DC nas telonas, a Marvel viu uma oportunidade. Vendo o sucesso da franquia X-Men (mesmo com seus erros) e da trilogia Batman de Christopher Nolan, a Marvel, que até aquele momento não tinha tanta visibilidade, viu que poderia fazer algo grande e decidiu apostar em um nicho que estava carente de filmes. Foi assim que em 2008 fomos apresentados ao Homem de Ferro.

Convenhamos que Homem de Ferro nos quadrinhos nunca foi o que ele representa hoje nos cinemas, não era nem de perto o maior sucesso da Marvel, a cara da editora sempre ficou mais para o lado de  X-Men, Vingadores, Quarteto Fantástico e com o Homem Aranha, sendo estes os heróis mais conhecidos e queridos.

O sucesso de Homem de Ferro em 2008, protagonizado por Robert Downey Jr, fez com que a Marvel pudesse pensar alto / Imagem: Divulgação

Porém, a escolha do ator mudou este cenário e a partir daí, com o carisma dado ao Homem de Ferro por Robert Downey Jr, o herói passou a figurar entre os mais queridos. Antes víamos, em geral, 90% de camisetas e suvenires de Batman e Super Man, inclusive as crianças se identificavam mais com estes heróis e era muito comum festas de aniversário com este tema. Mas, Homem de Ferro passou rapidamente a ocupar espaços que antes não tinha.

E claro, a Marvel através da empresa do Mickey, a Disney, que convenhamos sabe produzir filmes, foram introduzindo com calma e muito planejamento seus personagens, filme a filme, ligando um ao outro e trazendo leveza, ação e, o mais importante, dando e alimentado as expectativas aos fãs.

DC dormindo no ponto

A trilogia Batman de Christopher Nolan sem dúvidas foi o melhor arco do herói nas telonas, mas o grande problema é que não se construiu nada a partir disto. Vimos Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) e Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012) faturarem mais de 1 bilhão cada e fazer um enorme sucesso, mas deixaram a história “morrer”.

Se em 2008 tivessem dado sequência e introduzido um universo compartilhado ali, talvez as coisas fossem diferentes. Em 2012 encerravam o arco deste Batman de maior sucesso, até então nos cinemas, enquanto a Marvel lançava Os Vingadores.

A trilogia dirigida por Christopher Nolan e protagonizada por Cristian Bale é até hoje o maior sucesso de Batman nos cinemas / Imagem: Divulgação

A DC, através da Warner Bros., deixou para iniciar um possível universo compartilhado só em 2013 com o Homem de Aço, começando do zero, enquanto a equipe de Homem de Ferro e Capitão América (Chris Evans) já estava na ativa. Foi um vacilo da DC, que deixou para correr atrás do prejuizo muito tarde e com uma certa “pressa”. Sabe aquele velho ditado: Quem tem presa come cru? Pois bem, ele faz todo sentido neste contexto, pois, para tentar correr atrás do tempo perdido, a DC e a Warner começaram a atropelar as coisas e entregando produções com roteiros conflitantes e sem preparo.

Principais diferenças entre Marvel e DC nos cinemas

A Marvel tem seu próprio jeito, tem ação, tem leveza e vários alívios cômicos durante seus filmes. Os roteiros são organizados, embora às vezes não surpreendam, cumprem o proposto e, mesmo que não tirem o folego, ai que vem a grande sacada do estúdio, como todas as histórias são uma parte, como se fosse um “spin-off” da história principal, obriga que mesmo não conhecendo o personagem ou mesmo não gostando dele, ainda assim tenhamos que assistir para saber o que esse longa agregará na história principal.

Já a DC tem um estilo completamente oposto. São filmes extremamente dramáticos, com fotografia escura que as vezes cansa os nossos olhos, principalmente ao assistir com os óculos 3D. Mas não acho que o fato da DC ter um tom mais dramático, menos cômico e mais sombrio seja ruim, acontece que eles precisam encontraram a forma de suavizar isso. Os roteiros também têm o mesmo problema, parece faltar a transição necessária entre os núcleos, entre os atos do filme e acabam ficando superficiais de mais.

Comparando as duas imagens podemos perceber que os filmes da DC são bem mais escuros com relação aos da Marvel  / Imagem: Divulgação

Claro que devemos ser justos, sendo que tanto em Mulher Maravilha (2017) quanto em Aquaman (2018) a DC conseguiu uma excelente evolução, principalmente pela escolha dos protagonista, sendo que eles conseguiram fazer algo que é outro ponto positivo da Marvel, encontrar o ator perfeito para o papel, como também as direções dos dois filmes, que souberam conduzir com maestria os longas.

Então, enquanto a Marvel as vezes suaviza até demais, como em Thor: Ragnarok (2017), onde o filme é cômico em excesso, a DC suaviza de menos, como em Batman VS Superman: A Origem da Justiça (2016), em que há drama do começo ao fim e a briga entre os heróis termina só porque a mãe dos dois tem o mesmo nome. Enfim, elas não precisam e nem devem ter o mesmo tom, mas o tom que a Marvel acabou usando foi melhor aceito, além de melhor apresentado, com mais tempo e tranquilidade.

No futuro o jogo pode virar?

Acredito que a DC tem tudo se não para virar o jogo, ao menos para equilibra-lo. Agora é necessário tomar novos ares, se reestruturar e escolher seus novos heróis, já que sabemos que nem Henry Cavil e Ben Affleck voltarão para seus papéis.

Em contrapartida, a Marvel apesar de estar estruturada, com um caminho bem feito, terá que se reinventar nesta nova fase, pois, mesmo com uma base sólida, não conta mais com seus principais pilares, Capitão América e Homem de Ferro, então, para fazer com que os fãs “esqueçam” eles e se apoiem nos novos, é preciso fazer algo muito bem feito.

E é aí que abre um espaço para a DC crescer. Os fãs ainda sentem as percas de Ultimato e ficarão um bom tempo sem os heróis da Marvel. Então, se for feito um bom trabalho, a apresentação bem feita de uma Liga da Justiça tem tudo para ganhar esse público. Talvez com o novo filme Coringa a situação comesse a mudar. O longa tem encantado a impressa especializada que já teve acesso. Vamos torcer para que esse seja o primeiro de muitos filmes de um novo universo DC, agora bem construído.

É isso galera, espero que tenham gostado da matéria. Curta e compartilhe com seus amigos.

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