qui. set 19th, 2024

Mais um final de semana chegou e estamos na incerteza do que vai acontecer. Com os números da pandemia voltando a subir, já se fala novamente em voltar as restrições do início do ano e nós já pensamos em todas as dificuldades, como também o tédio que se instaurou nesta situação. Tudo o que queremos é voltar ao normal, mas isso parece ser difícil.

Nesses momentos de tédio profundo, onde não sabemos o que vai acontecer e ficamos na incerteza de que atitude tomar, preferindo ficar em casa, assistindo a algum filme, podem passar algumas questões um tanto curiosas, embora praticamente inúteis, por nossas cabeças.

Por exemplo, já é de conhecimento geral que o recorde de Oscar obtido por um único filme é de 11, número que parece um tanto insuperável, já que três filmes chegaram a essa marca, mas nunca nenhum outro a ultrapassou. Porém, também existem outros dois filmes que bateram na trave, com 10 prêmios.

Na nossa lista de hoje, vamos falar desses filmes para você que está procurando sair um pouco do tédio assistindo produções importantes da história do cinema.

Confira!

E o vento levou… (13 indicações, 10 Oscar)

E o vento levou… foi o maior sucesso comercial de toda a história do cinema, considerando-se a inflação de 1939 até hoje. O filme se passa nos Estados Unidos, durante a Guerra de Secessão, e retrata Scarlett O’Hara (Vivien Leigh), filha de um latifundiário do Sul, e suas desventuras amorosas, enquanto ela tenta lutar em favor de sua família e contra as adversidades da guerra.

Com quatro horas de duração, exibido em duas partes, o filme conquistou 8 Oscar nas categorias concorrentes e mais 2 honorários, premiação concedida a filmes que inovaram em algum aspecto, não há concorrentes e não é realizada todos os anos,, sendo que por 20 anos foi o recordista absoluto de premiações.

Um épico de dimensões incomparáveis, principalmente considerando a época em que foi produzido, o longa até hoje é lembrado como um dos maiores marcos do cinema. Uma curiosidade para as pessoas mais novas, que dificilmente terão a paciência para ver tudo, é que Scarlett no fim termina sozinha e abandonada, ainda tendo que ouvir de seu amado Rhett Butler (Clark Gable) que ele não se importava com ela proferindo “Frankly, my dear, I don’t give a damn!”, frase imortalizada e constantemente retomada no cinema.

Amor, Sublime Amor (11 indicações, 10 Oscar)

É curioso que hoje pouco se fala sobre a era dourada dos musicais de Hollywood. Por muitos anos, esses filmes dominaram completamente as premiações, tanto que até mesmo chegou a haver um prêmio para melhor coreografia. Amor, Sublime Amor é mais conhecido até pelo seu nome original (West Side Story) e é um dos musicais mais relembrados e retomados em produções posteriores.

A história nem é tão original: adaptação para o cinema de um musical da Broadway, baseado na peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, retrata o amor impossível entre o líder de uma gangue de brancos da periferia de Nova York, Tony (Richard Beymer) e a irmã do líder da gangue rival (de imigrantes porto-riquenhos), Maria (Natalie Wood). Sim, apesar da história um tanto quanto clichê, o filme tocava em questões que até hoje são consideradas tabu.

Os números musicais são simplesmente espetaculares e as canções se eternizaram no tempo, como as icônicas “I feel pretty” e “America”, cujas releituras e reinterpretações aparecem até hoje nas mais diversas produções.

Um remake deste clássico foi dirigido por Steven Spielberg e tinha lançamento previsto para dezembro deste ano, contudo, com a situação atual, a produção acabou sendo adiada e ainda não teve uma nova data de estreia revelada.

O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (11 indicações, 11 Oscar)

Há uma extensa lista de filmes que passam de 10 indicações ao Oscar, mas a maioria deles não conquistou nem metade de tudo isso. O único que conseguiu abocanhar todas as 11 indicações que recebeu foi O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, inclusive o último que chegou nessa marca, isso lá na premiação de 2004, quase 20 anos atrás.

É a conclusão da saga de Frodo (Elijah Wood) tentando levar o Um Anel a Mordor, a fim de destruí-lo e acabar com os planos de dominação de Sauron. Embora faça parte de uma trilogia, cujos outros filmes também receberam premiações, o filme se destacou muito em comparação a seus episódios anteriores em padrão de qualidade (o mais marcante para este que vos escreve é a trilha sonora, que é simplesmente perfeita), e os 11 prêmios foram mais do que justos.

Ben-Hur (12 indicações, 11 Oscar)

Nas décadas de 1950 e 1960, os grandes estúdios não tinham o hábito de produzir praticamente um filme por dia, como ocorre hoje, porque toda produção demandava muito dinheiro e tempo. Era mais comum que se investisse em uma única grande produção por ano, concentrando boa parte do orçamento nela e fazendo outras menores, e isso era exatamente o que fazia o MGM, estúdio por trás de Ben-Hur.

O que pouca gente sabe é que a história, além de ser uma adaptação de um livro clássico, já havia sido produzida para o cinema em outras duas oportunidades, sendo que a versão de 1925 (muda e em preto e branco) foi a base do roteiro para a produção ganhadora do Oscar, que já era mais do que conhecido e pode ter ajudado nas dimensões épicas que o filme ganhou.

A história começa em Jerusalém. Ben-Hur (Charlton Heston) é um comerciante judeu de família abastada, que injustamente e sem saber se envolve em uma trama de conspirações políticas por culpa de seu amigo de infância, Messala (Stephen Boyd). Depois de ser condenado à escravidão em Roma, Ben-Hur jura que terá sua vingança e por isso trilha um longo caminho de volta para casa, enquanto paralelamente vai se desenvolvendo a jornada de Jesus Cristo na Terra.

A cena mais relembrada do filme é a da corrida de bigas, algo que na época era simplesmente impensável de se fazer com a qualidade produzida.

Titanic (14 indicações, 11 Oscar)

O campeão entre indicações e prêmios é um velho conhecido nosso. Na verdade, muita gente até questiona como uma história tão “mamão com açúcar” pode ser a primeira dessa lista, se não conseguiu se destacar em nenhum aspecto mais “chamativo”, como o roteiro ou as atuações.

Parece que o ponto é justamente esse: o filme levou 9 prêmios entre as chamadas categorias técnicas, que levam em consideração aqueles trabalhos menos evidentes, como efeitos sonoros e visuais. E foi justamente a coordenação desse brilhante trabalho técnico feito por James Cameron, que acabou trazendo os outros dois prêmios: Melhor Filme e Melhor Diretor (esses dois inclusive raramente são destinados a produções diferentes).

E a história, convenhamos, é bem cativante, inserindo em meio à tragédia real uma trama fictícia de amor impossível, o que cativou o público e gerou um enorme rebuliço em torno do filme, que foi exibido até nas escolas. Se a academia ignorasse isso, talvez tivesse perdido a credibilidade muito antes.

E você, o que acha desses filmes? Já viu todos desta lista? Qual é, na sua opinião, o maior merecedor de todas estas indicações e prêmios? Conta pra gente.

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