Animação clássica da Disney tem base cultural e em um clássico da literatura
Aladdin, clássico da Disney lançado em 1992, é uma animação lembrada até hoje por seus grandes feitos. Foi o filme mais rentável no ano de seu lançamento, faturando 504 milhões de dólares em todo mundo e levando vários prêmios para casa, principalmente por sua trilha sonora.
Apesar de ser criticado por alguns árabes durante seu lançamento, que consideravam o desenho um tanto quanto racista, o filme foi um sucesso de crítica e público na época e vem conquistando gerações até os dias atuais.
Todos ficam encantados pela incrível história do ladrão que se torna príncipe com a ajuda de um gênio azul e um tapete voador. Sem contar que as cenas musicais são um espetáculo a parti. Quem nunca se pegou cantando “Um mundo ideal, é um privilégio ver daqui…”?
Muitos se surpreenderam pela história e o fato dela fugir dos moldes, até então, apresentados pelos desenhos da Disney. Deixando de lado princesas em perigo e castelos europeus, Aladdin nos apresentou a cultura árabe, através da sua arquitetura, das ruas movimentadas e todas as cores presentes nesta parte do globo.
Tanta riqueza de detalhes fizeram o filme um marco no cinema e por isso, vinte e sete anos depois, Aladdin volta as telonas com uma adaptação live-action, ou seja, com personagens de carne e osso.
Mas da onde veio a inspiração da animação?
Nosso primeiro contato com esta história foi através do livro As Mil e Uma Noites, que reúne vários contos populares do oriente, incluindo o conto Aladdin e a Lâmpada Maravilhosa. Os contos presentes nesta obra foram traduzidos pelo francês Antoine Galland, em 1704, se tornando um clássico da literatura mundial.
Outra narrativa que mostra ainda mais semelhança com o desenho da Disney é a apresentada no livro O Ladrão de Bagdá. Porém, indícios apontam para outras versões desta história, sendo a mais antiga datada do século VII.
Contudo, a versão dada como a original é chinesa. Isso mesmo, nosso querido Aladdin não seria um jovem árabe, mas sim um jovem chinês. Este jovem seria uma pessoa ambiciosa e arrogante, que não deseja seguir a profissão do pai e que sonha em ser rico e ter muitos empregados.
Um dia, Aladdin conhece um mago que lhe propõe um trabalho: pegar uma lâmpada mágica que está dentro de uma caverna e em troca receber grandes riquezas. O jovem aceita, entra na caverna e pega a lâmpada, mas ao sair, o mago o empurra para dentro novamente. Porém, Aladdin consegue puxar a lâmpada e fica preso com ela.
No escuro, ele acaba esbarrando na lâmpada e liberando um gênio que lhe concede 3 desejos (reconhece?). O jovem então pede para sair da caverna, se tornar rei e se casar com a princesa (lembra alguma coisa?). Ele tem os desejos atendidos no mesmo instante. Os anos passam de forma tranquila e feliz.
Porém, o mago não se esquece do jovem e um dia, disfarçado de mercador, consegue roubar a lâmpada de Aladdin. Mas seu plano não ocorre como o esperado e ele acaba morrendo. Seu irmão jura vingança, porém também acaba morto. A história se encerra com um final feliz para Aladdin e sua esposa.
Apesar de diferente, não podemos negar que esta história apresenta muitos elementos que nós conhecemos do filme, como o gênio, os três desejos, a vontade do jovem de se casar com a princesa e um mago querendo ser mais poderoso.
Podemos perceber que, no fim das contas, sempre existe algo para inspirar as histórias que tanto amamos e conhecemos.
Você já conhecia a história original de Aladdin? Sabia que não era árabe? Conta pra gente.
Ah! A Editora Zahar, aproveitando o lançamento do novo filme, acaba de lançar uma edição de luxo lindíssima de “Aladim”, com ilustrações e comentários. Vale a pena para quem quer saber mais da história do filme. Esta disponível para compra no site do Amazon Brasil.
O filme também já esta em cartaz e logo sai as nossas impressões sobre a nova adaptação. Aguardem!
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Até mais!
1 thought on “Qual a origem de “Aladdin”?”